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O efeito do sal no organismo, segundo Eroni, varia de pessoa para pessoa, levando em consideração a genética, a raça e até o sexo. "Em afrodescendentes, por exemplo, existem mais casos de hipertensão arterial causada pelo uso abusivo do sal", diz ela. A genética também tem papel importante. Casos de problemas renais e hipertensão arterial na família aumentam a possibilidade de sensibilidade ao sal. Segundo Eroni, o gênero feminino até a idade de 50 anos tem uma incidência menor de sensibilidade ao sal em relação ao gênero masculino.
Crianças também devem consumir menos sal, pois é nos primeiros anos de vida que a criança desenvolve seu padrão gustativo para o doce e o salgado, por isso, nessa fase é recomendável evitar a oferta desses alimentos. "Quanto mais tardio for apresentado à criança, menor a chance de desenvolver uma palatabilidade por esse tipo de alimento, aumentando a probabilidade de a criança seguir com uma alimentação saudável, suporte para um bom crescimento e desenvolvimento", explica a nutricionista.
O sal para os idosos deve ser de consumo moderado, pois com o envelhecimento os vasos vão perdendo naturalmente a capacidade de distensão, com uma tendência de reter mais sódio e com isso desenvolverem a hipertensão. Outro fator é que consumir produtos ricos em sal tende a provocar sede, o que gera um aumento na ingestão de refrigerantes e refrescos adoçados, contribuindo para o aumento de peso.
Gestantes também devem tomar cuidado, evitando alimentos salgados, águas mineralizadas, industrializados e enlatados, por conterem muito sódio. O excesso de sal nessa fase pode reter líquidos e causar edemas e também favorece a hipertensão arterial em mulheres que já têm essa predisposição. "É necessário observar também os termos que indicam a presença de ingredientes ricos em sal, como salmoura, curado, salgado, picles, consomê e molho de soja. E evitar picles e outros condimentos como mostarda, ketchup, molhos de salada e molhos de churrasco, por serem ricos em sódio", diz Eroni.