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Quais os malefícios que o consumo exagerado de refrigerantes pode provocar ao organismo? Quais doenças podem ser ocasionadas por esse hábito?
Diversas pesquisas têm mostrado os malefícios do consumo dos refrigerantes. Entre esses males destacamos o teor de sódio dessa bebida, que é um fator de risco para o desenvolvimento da hipertensão arterial. O consumo de açúcar presente na bebida tradicional também era um problema, pois só agregava valor calórico à dieta, sem nenhum outro benefício, o que chamamos de calorias vazias. Mas logo essa questão foi deixada de lado pelo consumo dessas bebidas em suas versões isentas de calorias (diet/light/zero).
A questão então se tornou o consumo desse tipo de bebida com adoçantes. Isso porque pesquisadores mostraram que o consumo de adoçantes pode prejudicar a percepção do cérebro quanto ao consumo de açúcar e calorias.
Explicando melhor, o cérebro “sentiria” o sabor doce e esperaria o açúcar. Mas, como esse não existe, nosso cérebro não consegue processar o que aconteceu e dispara a vontade de consumir carboidratos (doces) para compensar essa falta e acaba por aumentar a vontade de comer, o que prejudica o controle de ingestão calórica. Esse descontrole todo aumenta as chances de desenvolvimento de doenças como sobrepeso, obesidade, síndrome metabólica, diabetes e outras doenças vinculadas a essas, como as doenças cardiovasculares.
Outro malefício que tem sido estudado é quanto ao teor de fósforo nessas bebidas, que, quando em excesso, diminui a absorção de outros nutrientes, causando uma “desnutrição” no organismo. Além disso, um dos nutrientes que o elevado teor de fósforo inibe a absorção é o cálcio, nutriente essencial para manutenção óssea (osteoporose), crescimento infantil e ainda no metabolismo hormonal de controle de depósito de gordura, então, também relacionado ao desenvolvimento de sobrepeso e obesidade e doenças decorrentes do aumento de peso.
Além disso, pesquisas têm mostrado relação positiva do consumo elevado de fósforo com o desenvolvimento do câncer de pele, sendo, portanto, um fator crucial para o controle da ingestão desse tipo de bebida. Outra pesquisa indicou que o consumo dessas bebidas aumenta o consumo de frutose ingerida. Isso porque nos Estados Unidos, onde a pesquisa foi conduzida, as bebidas possuem o xarope de alta frutose como base da bebida. O problema, então, seria que o alto teor de frutose ingerida, como nos alimentos industrializados, incluindo os refrigerantes, impede que ela seja inteiramente processada no fígado e acaba por ser estocada como forma de gordura, seja ela depositada como gordura localizada ou nos órgãos, e quando isso acontece, acaba prejudicando a função desses, principalmente o fígado, podendo levar à cirrose não alcoólica e até à morte, em casos muito críticos. Apesar do exposto, no Brasil, as maiores marcas de refrigerantes não possuem o xarope de frutose na bebida, mas não deixa de ser um ponto importante a ser levado em conta sobre os malefícios do refrigerante.