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Quais alimentos são responsáveis por proteger o coração, seja diminuindo o colesterol ou contendo poder antioxidante?

Destaco os seguintes alimentos: cacau (rico em polifenóis, que são benéficos à saúde do coração); cenoura, abóbora, mamão e beterraba (ricos em betacaroteno, que é um importante antioxidante); chá-verde e chá-branco (ricos em catequinas, que têm ação antioxidante); cúrcuma (rico em curcumina, que também tem ação antioxidante e protege das doenças cardiovasculares); laranja, limão, tangerina, abacaxi, acerola, kiwi, goiaba, caju (ricos em vitamina C, que atua como antioxidante); farinha de linhaça (rica em ômega-3, que tem ação vasodilatadora e inibe a agregação plaquetária); nozes, amêndoas, castanha de caju e castanha-do-pará, macadâmia e pistache (ricos em gorduras insaturadas, vitaminas e minerais, previnem doenças cardiovasculares, câncer, entre outras doenças); semente de girassol, nozes, avelãs, amêndoas, pistache, germe de trigo, azeite de oliva extravirgem (ricos em vitamina E, atuam diminuindo o processo de envelhecimento celular e protegendo contra o câncer e as doenças cardiovasculares); suco de uva integral natural sem açúcar (rico em resveratrol, um antioxidante importante que inibe a oxidação das gorduras e a agregação plaquetária); tomate, suco de tomate, goiaba, mamão e pitanga (ricos em licopeno, antioxidante que reduz o risco de câncer de próstata, pulmão e estômago).

 

O óleo de oliva deve ser consumido em que quantidade para ajudar o coração? O excesso de consumo do mesmo pode prejudicar o órgão?

O consumo diário de 2 colheres de sopa é suficiente para ajudar no tratamento das doenças do coração e deve ser acrescido de gotas de vinagre de maçã ou de limão. Esse tempero deve ser colocado nas saladas verdes, podendo ainda ser acrescido de ervas aromáticas do tipo tomilho, entre outras. Na Nutrição Clínica afirmamos que os alimentos não devem ser consumidos em excesso ou em falta, pois só funcionam quando administrados em conjunto com outros alimentos e na dose certa. Já dizia Paracelso: “Só a dose faz o veneno”, ou seja, a dose certa diferencia um veneno de um remédio. Isso é uma verdade para a questão da alimentação humana. A maneira correta de nos alimentarmos é comer moderadamente de todos os alimentos naturais existentes e ofertados pela natureza.


E o vinho? Qual a quantidade indicada? Exagerar na bebida pode trazer que danos?

Apesar de existirem estudos comprovando a associação do consumo de vinho com a diminuição das doenças do coração e com o aumento da longevidade, acredito que ainda seja cedo para recomendarmos o consumo diário de vinho por ser uma bebida fermentada e ter um teor alcoólico moderado. Mesmo sendo uma bebida fermentada, o consumo crônico pode causar muitos males ao corpo, entre eles doenças hepáticas, cardíacas, pancreáticas. Recomendo o consumo de suco de uva integral natural sem açúcar, que também é rico em resveratrol, sem apresentar o teor alcoólico e os malefícios do vinho, na quantidade de 200 ml fracionada em 2 tomadas de 100 ml. Atenção especial no consumo de vinho ou suco de uva integral pelos pacientes diabéticos ou que tenham triglicerídeos elevados, pois ambos possuem calorias e têm uma quantidade de carboidrato que deve ser considerada na hora do cálculo da dieta.

 

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