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síndrome de down e obesidadeVivemos hoje uma "epidemia" de obesidade. Em grande parte dos países – incluindo o Brasil – verificando-se um pool de indivíduos obesos, que trazem consigo um aumento das taxas de doenças cardiovasculares, diabetes e outros problemas. Na síndrome de Down há uma tendência ao sobrepeso e obesidade, conferida tanto pela taxa de metabolismo basal mais lenta, como pelo hipotireoidismo, que aumenta sua frequência conforme a criança vai crescendo.

Sendo assim, é interessante toda a família manter hábitos alimentares saudáveis, pois o cardápio ideal para a criança Down é na verdade bem variado, leve e satisfaz as necessidades de toda a família. Não adianta restringir refrigerantes e doces se a criança cresce vendo os pais e irmãos consumirem tais alimentos com frequência. Aproveitando o primeiro aninho da criança para reeducar toda a família, não haverá dificuldades nutricionais nos anos seguintes.

Os pediatras possuem curvas de peso e estatura específicas para meninos e meninas Down, que servem de base para o seguimento do peso, parâmetro mais importante do ponto de vista de prevenção de morbidades do que a estatura. Não é necessário um cálculo restrito de quantidades de calorias a serem ingeridas por dia ou dietas espartanas, mas toda criança deve ter uma puericultura regular, para que os acréscimos na velocidade de ganho de peso sejam precocemente identificados e as alterações na dieta sejam feitas. Assim, a criança não precisa ficar passando por "regimes", e sim se adaptar paulatinamente às suas reais necessidades calóricas, conforme seu metabolismo e grau de atividade.

Além da obesidade, outros desafios são a constipação (prisão de ventre), o refluxo gastroesofágico, a doença celíaca (má absorção do glúten), o diabetes e as intolerâncias alimentares. A constipação e o refluxo ocorrem pela hipotonia da musculatura digestiva; a doença celíaca e o diabetes parecem se correlacionar com autoimunidade, bem como as intolerâncias alimentares. Algumas crianças portadoras de doença de base podem ter necessidades nutricionais diferenciadas, como as portadoras de cardiopatias, predispostas à desnutrição.

Como o assunto é muito extenso, vamos discutir um pouco sobre uma dieta adequada para a família Down, que vise prevenir os problemas nutricionais mais importantes, pois as adequações específicas para cada criança ficam a critério do pediatra, gastroenterologista ou endocrinologista, conforme o caso.

 

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