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E como saber se você é um compulsivo ou apenas um pouco consumista? A psicóloga diz que uma dica é olhar o seu armário: quando você vir que está guardando coisas demais, muitas vezes sem nem usá-las (há pessoas que compram e deixam na caixa guardado, nem sequer se dando ao trabalho de desembalar), isso pode ser um sinal. Outros sinais são: gastar tudo o que ganha e, ainda mais, acumulando dívidas enormes e perdendo o controle sobre elas; sentir-se mal quando não consegue comprar algo imediatamente, não tendo controle sobre seus desejos e impulsos consumistas; quando adquire coisas que não precisa, apenas pela necessidade de realizar a compra e sentir-se melhor (qualquer estresse passado vai logo se refugiar nas compras como um remédio, como o viciado que procura a droga).
A psicóloga explica que a pessoa geralmente nega o problema, achando que compra porque gosta e precisa daquilo, por falta de orientação ou conhecimento de que isso é uma doença. "Elas podem até sofrer com o problema, mas não procuram ajuda por vergonha do julgamento alheio e por acharem que conseguirão se controlar diante da próxima tentação. Assim, seguem anos a fio lutando sozinhos contra seus impulsos, sem sucesso", diz a psicóloga.
Muitas vezes essas pessoas são confrontadas quando alguém da família descobre as dívidas por acaso, vendo fatura de cartão de crédito estourada, cobrança de bancos, ou mesmo presenciando a recusa do cartão de crédito numa compra junto com a pessoa, onde é barrado por ter ultrapassado o limite. Se a pessoa convive com alguém próximo, acaba denunciando sua doença por falta de espaço físico para guardar suas compras, que não param de acontecer. "Aí é o caso de mostrar que isso é uma doença e que, como tal, deve ser tratada, ou seja, ela sozinha não conseguirá vencer o problema, e necessita da ajuda de um profissional especializado", explica Marina.