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Por que algumas pessoas sentem mais e outras menos?

O luto é uma experiência singular, ou seja, cada um de nós vive seu luto a sua maneira. De acordo com a Dra. Monica Mota, os estudiosos da área identificam vários fatores que interferem no modo como cada processo de luto transcorre e é a conjunção desses que concorre para que algumas pessoas sintam mais e outras menos. São eles:

- Ao enlutado: sua estrutura psíquica, seu gênero, sua idade, a natureza de sua ligação com a pessoa falecida, seu histórico anterior de perdas, seu contexto sociocultural (crenças culturais, religiosas, rituais de luto, estigmas, etc.);

- À pessoa que morreu: quem era essa pessoa, sua personalidade; que papéis ela exercia em relação ao enlutado;

- Às circunstâncias da morte: morte violenta, repentina e inesperada, tempo de preparação, no hospital ou em casa e outros;

- À presença ou não de mudanças, crises e privações concomitantes à experiência de luto, e que ocorrem depois da perda do falecido.

De um modo geral, as perdas mais difíceis de serem elaboradas são as inesperadas, as violentas e as abruptas, que podem se configurar como traumáticas, decorrentes de mortes súbitas por acidentes, assassinatos e suicídios. Outro aspecto importante diz respeito à natureza da relação com o morto, sendo que as relações que se caracterizavam pela dependência do enlutado para com o falecido ou pela presença de intensos conflitos e de sentimentos de ambivalência são as condições que podem comprometer o processo de luto de quem fica.

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