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A terapia ocupacional pode aumentar a expectativa de vida de um portador da síndrome?

Os indivíduos com síndrome de Down podem ter uma expectativa de vida similar à dos não Downs e a terapia ocupacional contribui junto com outras áreas de atuação (fonoaudiologia, fisioterapia, pedagogia...) para que esses indivíduos articulem sequência de pensamentos e comportamentos, assumam papéis, entendam normas sociais a fim de participarem efetivamente da comunidade, resolvam problemas interpessoais, reconheçam sinais sociais para melhorar sua qualidade de vida. Todos têm habilidades e dificuldades, precisamos apenas conhecê-las e aprender a lidar com elas.

 

Goiânia ganhou recente destaque na mídia nacional com um estudante de 21 anos, portador da síndrome de Down, que passou no vestibular da Universidade Federal de Goiás. Como é possível estimular que mais casos desses aconteçam?

Quando temos profissionais capacitados e acima de tudo atualizados, que entendam os processos cognitivos desses indivíduos, e trabalhando as dificuldades, mas principalmente os talentos e interesses, favorecendo que a pessoa reconheça suas capacidades. Dessa forma, concentrar as atividades nas áreas de maior potencial, na medida em que o indivíduo percebe que pode realizar determinadas tarefas com êxito, proporcionará maior satisfação e maior motivação para enfrentar aquelas em que tem maior dificuldade. Não subestimar e oportunizar sempre, essa é a regra.

 

 

Dra. Marielza R. Ismael Martins é terapeuta ocupacional e doutora em Ciências da Saúde do Departamento de Ciências Neurológicas da Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto (FAMERP). É responsável pela área de terapia ocupacional no projeto Ding-Down, projeto Gato de Botas e Clínica da Dor da FAMERP.

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