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Infelizmente, naquele mesmo mês meu pai foi internado com forte falta de ar e foi confirmada sua primeira grande crise causada pelo cigarro. Diagnóstico: enfisema pulmonar. Deveria ser razão mais que suficiente para eu parar de fumar, ainda mais que não fazia mais que um ano que eu era fumante, mas, por mais incrível que possa parecer, foi quando mais fumei. Essa internação foi a primeira de muitas em que nossa família quase ficou sem bens e recursos para arcar com o tratamento e internações, e infelizmente em 1996 ele veio a falecer.

Deveria ter parado ali, mas não consegui. Em seguida casei, minha esposa vivia reclamando, mas eu não dava bola, fazia umas tentativas de parar, mas não durava mais que algumas horas de abstinência. Conseguia reduzir o número de cigarros fumados no dia para em torno de 5 cigarros e depois voltava e fumava mais que o normal.

Quando nasceu o meu filho, tentei parar por ele e para que ele não tivesse que conviver em um ambiente com cheiro e fumaça de cigarro e principalmente que tivesse um pai para olhar por ele quando crescesse. Nessa tentativa fiquei praticamente 9 meses sem fumar. Me ajudou muito nessa época começar a caminhar e correr – chegava a correr até 3 km em meia hora, já achava o resultado bom e isso me ajudou bastante a não engordar, mas não consegui manter. Tive problemas pessoais e profissionais e voltei a fumar – uma pena, 9 meses de persistência abandonados.

Já havia tentado parar com tudo que está disponível no mercado: remédio, adesivo, spray bucal, chiclete de nicotina, mas nada adiantou, e minha frustração somente aumentava e comecei a acreditar que teria um fim parecido ao do meu pai.

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