Deficientes e inclusão: um longo caminho a ser percorrido

O que pode ser feito pelo poder público e pela sociedade para que a inclusão de pessoas com deficiência torne-se uma realidade cada vez mais presente?

Dentre algumas medidas para aumentar a probabilidade de inclusão efetiva das pessoas com deficiência na sociedade, estão: programas de ensino individualizados que contemplem as habilidades e dificuldades de cada indivíduo; investimento no diagnóstico precoce e no atendimento desde os primeiros meses de vida; reformulação de grades curriculares de cursos de graduação, incluindo disciplinas que preparem os profissionais para atuarem com pessoas com deficiência; programas e apoio a cursos de atualização para professores; programas e apoio a cursos de preparo ao trabalho que valorizem o potencial da pessoa com deficiência; programa de conscientização e apoio aos familiares dos deficientes, pois muitas vezes as próprias famílias apresentam preconceito. Um tratamento que tem produzido resultados muito eficazes com esse público recebe o nome de Análise do Comportamento Aplicada (ABA). Esse tratamento se aplica à clínica com adultos, escolas, organizações e terapia para pessoas especiais. Porém, ficou mais conhecido no Brasil devido ao trabalho realizado com crianças diagnosticadas com autismo. A ABA (Análise do Comportamento Aplicada) é um modelo de explicação e modificação do comportamento humano baseado em evidências empíricas. A formação de pessoas para trabalharem com ABA seria uma ótima forma de investimento por parte do poder público.

Dra. Giovana Escobal possui graduação em Licenciatura em Pedagogia, mestrado e doutorado em Educação Especial (Educação do Indivíduo Especial), todos eles pela Universidade Federal de São Carlos. Atualmente é pós-doutoranda FAPESP, pesquisadora Associada ao Departamento de Psicologia da Universidade Federal de São Carlos, vice-coordenadora e colaboradora do Laboratório de Aprendizagem Humana, Multimídia Interativa e Ensino Informatizado da Universidade Federal de São Carlos. Tem experiência na área de Educação, com ênfase em Educação Especial e Psicologia, atuando principalmente nos seguintes temas: análise do comportamento, deficiência intelectual, tomada de decisão econômica, escolha, preferência, autodeterminação, controle ambiental e preparação para o trabalho, além de ensino de habilidades acadêmicas.

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