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Pessoas com deficiência historicamente foram vistas com preconceito pela sociedade. Você acredita que este cenário mudou nos últimos anos ou permanece o mesmo?

O cenário mudou, sim, apesar de estar longe de ser ideal e de muitas pessoas ainda apresentarem preconceito. Pode-se perceber ainda uma falta acentuada de conhecimento em relação à capacidade dessas pessoas e desconhecimento do que seja a deficiência.

A Análise do Comportamento, por exemplo, tem produzido excelentes resultados com esse público, e em países como os Estados Unidos a inclusão dessas pessoas já é uma realidade socialmente. A literatura comportamental inicialmente se preocupou com a aprendizagem de habilidades básicas, tais como: vestir-se, alimentar-se e outras habilidades de autocuidados. Essa literatura foi fundamental para permitir o início da mudança do paradigma de atendimento em instituições segregacionistas para o de atendimento em escolas especializadas e clínicas na comunidade. Em seguida, com a pessoa com deficiência já na comunidade e as decorrentes necessidades de seu ajuste a ela, a literatura concentrou-se, mais enfaticamente, no ensino de habilidades acadêmicas básicas, leitura, escrita e atividades relacionadas ao trabalho e que contemplassem mais os valores pessoais da própria pessoa com deficiência, visando se integrar com as políticas de inclusão social. No entanto, as pesquisas têm recentemente se expandido para o ensino de habilidades mais complexas, tais como de leitura e escrita, de habilidades matemáticas, de comportamento verbal, de atenção compartilhada e responder relacional derivado; que tratam do funcionamento cognitivo de alto nível dessas pessoas e que visam possibilitar a elas maior cidadania e dignidade, contribuindo para a melhor compreensão e viabilização do paradigma de inclusão.

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