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Pessoas que fumam “socialmente” e as que fumam diariamente tem a mesma chance de desenvolver o câncer bucal? Ou as pessoas que fumam menos tem menos chance de ter este mal?
O risco de desenvolver câncer depende de vários fatores, mas com relação ao tabagismo, já está estabelecido que o risco é dose-dependente e tempo-dependente, ou seja, aumenta de acordo com o número de cigarros consumidos por dia e o tempo (anos) de duração do vício.
Pessoas que fumam 40 cigarros por dia têm 5 vezes mais chances de desenvolver câncer de boca que as não-fumantes, já os que fumam 80 cigarros por dia tem 17 vezes mais chances de desenvolver a doença.
Mas não devemos esquecer que o desenvolvimento da doença depende também do indíviduo.
Fumantes passivos podem ter câncer de boca devido ao tabaco?
Os fumantes passivos absorvem nicotina, monóxido de carbono e outras centenas de substâncias da mesma forma que os fumantes, embora em menor quantidade. A quantidade de tóxicos absorvidos depende da extensão e da intensidade da exposição, além da qualidade da ventilação do ambiente onde se encontra a pessoa.
Entre as consequências do fumo passivo em crianças estão: maior risco de doenças infecciosas do trato respiratório como bronquite e alergias, otite média, asma, doenças cardiovasculares, distúrbios de comportamento e do desenvolvimento neurológico e câncer, principalmente do pulmão. Todos estes efeitos são muito semelhantes aos descritos em adultos, mas as crianças são mais suscetíveis à toxicidade da fumaça do cigarro por serem imaturos em sua constituição.
A associação do fumo passivo com o câncer de boca ainda não está comprovada. Entre os pacientes não-fumantes que apresentam a doença, a maioria é do sexo feminino, muito jovem e que possui algum tipo de mutação em genes supressores tumorais como o p53.