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Picada de serpente: o que deve ser feito?

Inicialmente, é preciso recordar as características mais facilmente identificáveis das cobras venenosas: cabeça triangular e com escamas, pupila em fenda e cauda afilando rapidamente (as corais são a única exceção a essa regra).

As manifestações da picada variam de acordo com o tipo de serpente e a quantidade de veneno injetada. Picadas de Jararaca tendem a ser dolorosas e acompanhadas de inchaço (edema) e rouxidão (equimose) no local. Podem ocorrer sangramentos pelo nariz e gengivas, sugerindo inoculação de grande quantidade de veneno. Alguns dias após, pode haver formação de abscessos extensos. Se não tratada, a picada de jararaca é mortal em 8% dos casos.

O veneno da Cascavel causa degeneração difusa da musculatura e insuficiência renal. Além disso, pode ocasionar distúrbios visuais, dores cervicais, confusão mental e parada respiratória. Normalmente, as alterações no local da picada são discretas, com pouca dor, e os sintomas podem levar algumas horas para surgir. A picada de cascavel é uma das mais fortes entre as serpentes: cerca de 72% das pessoas não-tratadas e até 11% daquelas que recebem o tratamento falecem em decorrência de complicações relacionadas ao seu veneno.

Felizmente, os acidentes provocados por Corais são raros. As corais são cobras pouco agressivas, com hábitos noturnos e vivem quase sempre em abrigos subterrâneos. Além disso, têm a boca pequena e presas fixas, o que dificulta um pouco a picada. O seu veneno provoca paralisia dos músculos respiratórios, podendo levar à parada respiratória – causa da maioria das mortes.

Em todos os acidentes com serpentes, o local da picada deve ser limpo (preferencialmente com água e sabão de coco) e mantido elevado.

Nunca se deve fazer garrotes ou cortes no local da picada. A pessoa deve ser tranqüilizada, mantida em repouso e encaminhada ao hospital mais próximo o mais rápido possível.

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