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Proibições da Anvisa

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), principal órgão regulador de medicamentos do país, proibiu, em 2011, a venda, a fabricação e a importação de alimentos e bebidas à base de Aloe vera. A proibição, na ocasião, ocorreu devido à falta de comprovação da segurança do uso de tais produtos.

"Todos os documentos científicos apresentados para a Anvisa, em pedidos de registro de alimentos à base de Aloe vera, não foram suficientes para comprovar que o consumo desses alimentos não representa risco para a saúde da população. A agência constatou ainda a ausência de estudos toxicológicos", afirma o farmacêutico.

Enquanto bebidas e alimentos seguem proibidos, os géis e as pomadas de aplicação tópica para o tratamento de queimaduras ainda podem ser utilizados. Porém, Joelmir destaca a importância de optar pelas formas industrializadas.

"É melhor utilizar as formas comercializadas, pois são preparadas de maneira padronizada e adequada. É o caso do gel ou da pomada (10%), que devem ser aplicados sobre a pele limpa e seca nas áreas afetadas três vezes ao dia", orienta.

Na ausência de tais produtos, o especialista recomenda a aplicação do sumo fresco, diretamente ou a partir do corte da folha, de modo a deixar o gel exposto como uma película sobre a pele. No entanto, em qualquer sinal de irritação ou alergia, é necessário interromper o uso e procurar um profissional de saúde.

 

 

Dr. Joelmir Lucena Veiga da Silva é farmacêutico formado pela Universidade Federal da Paraíba (UFPB). Doutor em Produtos Naturais e Sintéticos Bioativos, na área de concentração em Farmacologia, também pela UFPB. Docente das graduações em Farmácia-Bioquímica e Medicina, e da Especialização Multiprofissional em Intervenções na Dependência Química, Líder de Grupo de Pesquisa Farmacologia (CNPq), da Universidade Nove de Julho em São Paulo. Professor convidado no Curso Intensivo de Fitoterapia Clínica Aplicada do Instituto Racine em São Paulo. Membro efetivo da Sociedade Brasileira de Farmacologia e Terapêutica Experimental, da Sociedade Brasileira de Farmacognosia, e da Italo-Latin American Society of Ethnomedicine. Filiado ao Conselho Regional de Farmácia do Estado de São Paulo CRF-SP, sob o nº 51.168.

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