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Controle do ciúme

Uma dúvida frequente em relação ao ciúme é o porquê de algumas pessoas sentirem mais e outras menos. Para Simone, primeiramente não se deve confundi-lo com amor, pois essa seria uma forma de defender a existência desse sentimento como algo romântico e aceitável, o que nem sempre corresponde à realidade.

"Algumas pessoas sentem mais ciúme do que outras por vários motivos, como a autoestima baixa ou pelo fato de se envolverem com uma pessoa popular que é naturalmente alvo de olhares. O ciúme depende do psiquismo de quem sente e também do objeto amoroso escolhido, que pode ser mais ou menos cobiçado socialmente", ressalta a psicóloga.

O controle do ciúme, por mais difícil que pareça para algumas pessoas, é possível quando se busca desviar o foco de atenção do controle da vida do objeto do amor para conhecer o seu próprio psiquismo, ou seja, preocupar-se um pouco mais com a sua individualidade e com o seu próprio bem-estar.

"O que penso de mim? Penso que mereço ser amado? Sou desejável? Sinto muito desejo de trair, por isso imagino que o outro sente o mesmo? Meus pais me priorizaram quando necessário? Essas perguntas são importantes, pois é difícil crermos no amor quando não temos apreço por nós mesmos", opina Simone.

Por fim, outra dica importante para o controle dos sentimentos patológicos relacionados ao ciúme é a consciência de que dar razão a essa emoção é prejudicial. Além disso, deve-se também fazer um questionamento sobre estar ou não apto(a) a confiar, pois sem essa capacidade dificilmente será possível ter um pleno controle de situações que possam gerar ciúmes.

 

 

Simone Armentano Bittencourt é psicóloga e doutora em Psicologia pela PUC-RS, além de especialista em psicoterapia e transtornos de adição pelo Instituto Cyro Martins. É Diretora Científica e professora no Instituto Cyro Martins.

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