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O dermatologista Valcinir Bedin explica que a cicatriz é um "excesso" de atividade no fechamento de uma ferida na pele. É como se a pele exagerasse na produção de novas células para fechar algum ferimento. Porém, não é toda agressão na pele que gera uma cicatriz. Segundo o especialista, apenas as agressões que atingirem a derme, que é a parte intermediária da pele, é que resultarão em uma cicatriz. Aquelas que agredirem apenas a epiderme, mais superficial, não ficarão com nenhuma marca.
Cada local do corpo tem uma resposta diferente ao trauma, por isso, em alguns lugares, a cicatrização pode ser mais difícil. Regiões como o tórax, por exemplo, têm mais chances de ter cicatrizes hipertróficas, que são aquelas elevadas em relação à pele. Em locais com grande tensão, ou onde o peso influencia, como nos membros inferiores, isso também pode ocorrer, além da cicatrização ser mais difícil. Também existem diferenças pessoais e raciais. "Os negros, por exemplo, têm mais tendência às cicatrizes e aos queloides", diz ele.
Em alguns casos, a cicatriz pode crescer além do tamanho da machucadura, formando assim um queloide. O dermatologista explica que tratamentos com injeções dentro do queloide e também tratamentos com laser podem melhorar a sua aparência.