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Estima-se que 200 mil pessoas morram por doenças causadas pelo fumo no Brasil. E pesquisas da OMS mostram que em 2030 o número de mortes pode chegar a 8 milhões e, desses, 80% dos óbitos irão ocorrer em países em desenvolvimento, incluindo o Brasil. “O único jeito de não morrer devido ao cigarro é não fumar e passar longe de quem fuma. É o único jeito de vencer as estatísticas sobre o cigarro”, afirma Garcia.

No estado de São Paulo, o Governador José Serra sancionou no começo deste mês a lei antifumo, que proíbe o consumo de cigarros, charutos ou similares em ambientes coletivos, públicos ou privados, total ou parcialmente fechados. Já o Governo Federal aumentou as taxas sobre o produto, gerando uma alta de 30% no valor final, já que o país ocupa o 6º lugar no ranking mundial de cigarro mais barato.

Segundo pesquisas, o preço é um fator decisivo na hora de fumar. Jovens e a população de baixa renda sentem o impacto em suas finanças e sentem-se motivados a abandonar o fumo. Conforme a OMS, apenas 5% da população mundial vive em países que adotam medidas-chave para reduzir as taxas do tabagismo, com ambientes livres de fumo, proibições de publicidade, aumentos de impostos e advertências nas embalagens, e o Brasil se enquadra nessa porcentagem. O Dr. Alexandre Garcia, especialista em Medicina Respiratória, comenta que os fumantes iniciam seu vício por volta dos 15 anos graças a propagandas que remetem à liberdade, à realização pessoal e à aventura, quando não a esportes.

Outro fato importante de ser ressaltado é que a aprovação da lei e as outras ações governamentais restritivas ao fumo têm como objetivo proteger a população contra os riscos resultantes da exposição ao tabagismo passivo, que aumenta a chance de infarto em mais de 50% em não-fumantes e a poluição tabágica ambiental (PTA).

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