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Aproximadamente 3.000 fumantes passivos morrem por câncer pulmonar anualmente (o risco de desenvolver câncer a partir da fumaça do tabaco, um poluente doméstico, é 100 vezes maior que o risco a partir de outros poluentes fora de casa). Por aqui, o problema apresenta proporções semelhantes, e as crianças são as principais prejudicadas: o tabagismo passivo causa irritação dos olhos e das vias aéreas superiores, prejudica a função pulmonar, aumenta tanto a frequência como a severidade das crises de asma, resfriados, faringites, sinusites, rinites e outros problemas respiratórios crônicos.

A exposição à fumaça do tabaco também aumenta o número e a duração de infecções do ouvido (otites), valendo lembrar que as Otites são a causa mais comum de perda da audição na infância.

Em crianças com menos de 2 anos de idade, a exposição ambiental à fumaça do tabaco aumenta a probabilidade de bronquite e pneumonia, segundo estudo da Enviromental Protecion Agency (EUA), que mostrou que este tipo de poluição causa 150.000 a 300.000 infecções pulmonares a cada ano em crianças abaixo de 18 meses de idade, resultando em 15.000 hospitalizações/ano.

A exposição passiva à fumaça do tabaco é um risco real e imediato e precisa ser melhor divulgada. Manter-se vigilante quanto à poluição ambiental com cigarro e/ou aconselhar um amigo ou parente tabagista a parar de fumar não significa apenas demonstrar preocupação com a saúde do outro, mas com a própria – e, mais importante de tudo, com a de nossos filhos.

 

 

Dr. Alessandro Loiola é médico, escritor e palestrante. Autor, entre outros, de PARA ALÉM DA JUVENTUDE – GUIA PARA UMA MATURIDADE SAUDÁVEL, pela Editora Leitura (http://www.editoraleitura.com.br/detalhe7.asp?id=33 ).

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