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Ela é indicada apenas em casos extremos? Existe alguma contraindicação?
O cirurgião plástico irá indicar a otoplastia quando constatar a existência da orelha em abano e se o paciente desejar a alteração em suas orelhas. Muitas vezes o paciente queixa-se de suas orelhas, mas elas são absolutamente normais. Também não é infrequente a mãe, ou qualquer outro parente, desejar a correção das orelhas, mas o paciente não. Nessas situações, a cirurgia está contraindicada. É claro que existem outras contraindicações médicas para esse procedimento, mas essas são mais raras e serão investigadas pelo cirurgião antes da cirurgia.
Existe chance do resultado regredir ou a necessidade de se realizar uma nova cirurgia?
Os resultados das otoplastias são permanentes e as cicatrizes ficam bem escondidas atrás das orelhas. A perda de resultado algumas vezes observada (em menos de 2% dos casos) pode ser devida à soltura de um dos pontos dados nas cartilagens. Nesse caso, a correção é fácil e rápida, bastando refazer o ponto. As cirurgias de revisão das otoplastias, no entanto, são raras, principalmente quando realizadas com a indicação correta e pelo profissional devidamente qualificado.
Dr. Luiz Carlos Ishida é cirurgião plástico, mestre e doutor pela Faculdade de Medicina da USP. Também é titular da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica e coordenador do Grupo de Rinoplastias da Disciplina de Cirurgia Plástica do Hospital das Clínicas (HC) da Faculdade de Medicina da USP.
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