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Uma das mais importantes revisões feitas pelo National Institute of Health dos Estados Unidos sobre riscos associados como uso de cigarros de “baixos teores” apresentou, entre outras, a seguinte conclusão a respeito:
“Estudos epidemiológicos e outras evidências científicas não indicam benefícios para a saúde pública no que se refere às alterações no desenho ou manufatura de cigarros nos últimos 50 anos. Estas alterações não causaram diminuição importante de adoecimentos devido ao consumo de cigarros, tanto para o fumante ativo, como para a população em geral”.
O próprio posicionamento da indústria do cigarro, em seus documentos internos, revela: “Sem dúvida, é possível que o efeito de mudar para cigarros com baixos teores de alcatrão seja aumentar e não diminuir os riscos de se fumar. Devido à grande variedade de carcinógenos produzidos durante o processo de pirólise (reação química produzida pela queima de substâncias orgânicas) é pouco provável que se possa chegar a uma forma completamente segura de se fumar tabaco”
Um dos aspectos mais graves dessa questão é que o marketing dos cigarros de “baixos teores” os coloca como uma alternativa “inteligente” à cessação do tabagismo. Oferece uma falsa garantia de proteção e passa a impressão de um produto menos prejudicial. A única forma comprovada de proteção contra as doenças tabaco-relacionadas é não fumar e não permitir a poluição tabágica.
Prof. Dr Elie Fiss é Prof. Titular de Pneumologia FMABC. Contato: O endereço de e-mail address está sendo protegido de spambots. Você precisa ativar o JavaScript enabled para vê-lo.
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