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Tem tratamento?

Glaucoma tem tratamento. Há três tipos: uso de colírios, aplicações de laser e cirurgia.

Geralmente, o tratamento inicial e mais frequente é à base de medicamentos (colírios). A finalidade principal nesse caso é reduzir a pressão intraocular, seja pela diminuição da produção do humor aquoso ou pelo aumento da saída desse líquido do olho.

O tratamento a laser e a cirurgia são especificamente indicados pelo médico de forma personalizada. Cada paciente é um caso e cada caso tem seu tratamento e resposta, culminando com os casos de glaucomas refratários (aqueles que, apesar de terem sido tratados de diversas formas, permanecem com a pressão intraocular elevada).

Quando a pressão intraocular não reduz com a ação de vários tratamentos, há a opção da cirurgia de Ciclofotocoagulação Endoscópica, assunto que tenho tratado há vários anos com a criação de uma técnica dentro desse procedimento. Os resultados são animadores.

Importante também frisar que um paciente glaucomatoso deve ter atenção especial com sua saúde ocular durante toda a vida, assim como um paciente com diabetes ou hipertensão arterial sistêmica.

 

É verdade que a cafeína pode influenciar no desenvolvimento da doença?

Um estudo na Austrália mostrou que a pressão ocular é, em média, 15 a 20% mais alta em pessoas que tomam café do que naquelas que não tomam. E quando analisados somente os participantes que tomam café diariamente, a pressão dos olhos se mostrou mais alta naqueles que consomem mais café (>200mg de cafeína/dia) quando comparados aos que consomem menos (<200mg de cafeína/dia).

 

E o tabagismo?

Não existe uma relação direta entre tabagismo e o desenvolvimento de glaucoma. Mas o hábito de fumar causa aumento da pressão intraocular. Estudos mostram que a pressão intraocular é mais alta em pessoas que fumam quando comparada às que não fumam.

 

Remédios com cortisona podem influenciar?

Sim. Muitas pessoas apresentam elevação significativa da pressão intraocular após uso de cortisona, principalmente por períodos prolongados. Como a maior parte dos pacientes não apresenta sintomas, é importante que o clínico o encaminhe ao oftalmologista para avaliação. O maior problema são olhos predispostos ou pessoas que não sabem que têm glaucoma. Um exame oftalmológico é capaz de orientar o clínico do paciente sobre a existência de riscos com o uso dessas medicações.

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