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Como são as consultas?
As consultas são feitas de forma simples, direta e objetiva. Não se exige logo de cara do fumante, que já chega sofrido com seu vício/dependência, que pare de fumar. Isso não é exigido, nem pedido, nem mesmo cogitado no primeiro encontro. Dada a nossa formação pessoal, trajetória de luta no Estado de São Paulo e Treinamento em Métodos de Abordagem de Fumantes recebidos sejam do Instituto Nacional de Câncer (INCA) ou do Centro de Referência em Álcool, Tabaco e Outras Drogas (Cratod-SP), seguimos o padrão sugerido pelas cartilhas do INCA e nossa própria sistematização e aplicação holística (integral) de métodos complementares. Primeiramente, procuramos conhecer a história de como o cigarro ou seus derivados começou a fazer parte da vida do cliente, e em conjunto aplicamos o Teste de Fagerström (clique aqui e faça o teste) para saber se a dependência do fumante é mais física, comportamental ou psicológica. Em seguida, apresentamos um encontro de informação sobre a dependência ao tabagismo, alguns dados atuais sobre as dificuldades de parar de fumar e disponibilizamos uma sequência de sete filmes de curta duração: sendo três deles de caráter mais negativo sobre o tabagismo; um deles, com informações sobre o percurso da nicotina do entrar no corpo até chegar ao cérebro e aos neurônios receptores dessa substância; os outros três filmes são de caráter mais positivo e até divertidos. Nessa prática, observamos que os clientes se sentem mais fortalecidos cognitivamente para lidar com sua dependência e também mais motivados em parar. Depois os encontros seguem os padrões das Cartilhas do INCA e que são enriquecidos por temas ligados às escolhas dos clientes ao longo de seu histórico tabagístico.
É necessário um tempo mínimo de terapia?
O INCA sugere de seis a oito encontros, o que dá, em média, dois meses de tratamento. Nossa prática sugere um mínimo de treze a quinze encontros, isto é, de três a quatro meses e um retorno entre o sétimo mês, para os encontros de reforços.
O tratamento é feito junto com o uso de algum medicamento ou não?
Na terapia holística, além de serem utilizados os adesivos transdérmicos e a goma de mascar (usados nos tratamentos tradicionais), utilizam-se também algumas essências dos Florais de Bach, Massagem Reflexológica e Exercícios de Respirações Diafragmáticas, cujos efeitos benéficos no auxílio ao parar de fumar são visíveis.
É normal a pessoa entrar em depressão nesse período de transição? A terapia ajuda nisso também?
"Em depressão", propriamente não. Mas em algumas pessoas é possível perceber uma tristeza visível estampada em seu rosto. Motivo de distanciamento para muitas pessoas ao redor nessas horas. Algumas pesquisas psicológicas sobre a relação entre o fumante e o cigarro (objeto) destacam o fato de o cigarro representar simbolicamente a figura de um "amigo íntimo" ou de um "conselheiro de horas difíceis". Sendo assim, no período de transição para parar de fumar, o fumante experimenta uma espécie de sentimento de separação de "seu amigo de todas as horas", o que pode realmente gerar ondas de tristeza momentâneas. Nada além disso.