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Os motivos que levam uma pessoa a mentir sem limites são vários, dentre eles, insegurança, baixa autoestima, ou medo de não ser aceita como é. A psicóloga explica que essas mentiras costumam engrandecer suas habilidades de forma a passar uma imagem que ela julga melhor, aos outros. Trata-se de uma espécie de mecanismo de defesa contra um sentimento de inferioridade. Mente-se também para evitar consequências negativas às atitudes, ou seja, para evitar responder por alguma atitude errada que a pessoa tomou.
Érika chama atenção também para o fato de que algumas famílias estimulam a mentira. "Pode parecer banal, mas a mãe que pede ao filho para dizer que ela está tomando banho, quando na verdade não quer atender ao telefone, ou inventa uma doença para emendar o feriado e não ir trabalhar, está ensinando a criança a mentir. Também há casos de mentiras excessivas em famílias cujos pais são muito autoritários, repreensivos ou rígidos. A criança aprende a mentir para não ser punida ou para receber aprovação", explica.
Para as pessoas que sofrem disso, a psicoterapia é uma boa alternativa, pois assim o paciente poderá entender os motivos que a levam a mentir, e trabalhar uma possível insegurança ou baixa autoestima. Uma dica dada pela psicóloga para quem conhece uma pessoa que mente compulsivamente é mostrar que sabe que ela está mentindo, mas sem condená-la por isso. "Pode dizer que a ama e aceita exatamente como ela é, com suas qualidades e defeitos, sem precisar usar de artifícios. Demonstrar humildade assumindo os próprios erros também pode fazê-la enxergar que todos temos defeitos, todos erramos e que não há motivo para se envergonhar disso. E, por fim, mostrar o quanto ela se prejudica com as mentiras e até sugerir que ela procure um psicólogo também pode ser altamente benéfico", finaliza ela.
Erika Vendramini Moreira é graduada em Psicologia e Licenciatura Plena em Psicologia na Pontifícia Universidade Católica de Campinas. Formada em Terapia Cognitiva pelo Instituto Pieron de Psicologia Aplicada. Conta com 12 anos de experiência na prática clínica com crianças, adolescentes e adultos, além de orientação de pais e professores. Experiência em Psicogerontologia e Grupo de Apoio na Associação Brasileira de Alzheimer. CRP 59448
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