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Paralelo a esses acontecimentos, nessa faixa etária costuma acontecer algo muito difícil: lidar com a doença dos pais ou enfrentar a morte dos mesmos. É comum o relato de pessoas sobrecarregadas por se tornarem cuidadoras dos pais idosos e doentes, além de também exercerem seus papéis de pais, avós, profissionais e cônjuges. Em algumas situações, o processo é tão sofrido e conflituoso que a pessoa em idade madura se vê obrigada a abrir mão de um desses papéis (por exemplo, de cônjuge ou profissional) para se dedicar em tempo integral ao genitor que necessita de cuidados. Cuidar dos pais idosos é tarefa estressante, porém necessária, mas, caso o cuidador não tenha certos cuidados e deixe em segundo plano sua vida pessoal, pode ter sua qualidade de vida negativamente influenciada.

Observa-se que a meia-idade é uma fase do desenvolvimento que costuma ser negligenciada, mas, assim como os outros estágios, possui suas peculiaridades e merece ser mais bem estudada, já que alguns eventos normativos dessa fase podem trazer importantes implicações psicossociais no indivíduo da meia-idade e em seu grupo familiar.

 

 

Luciene Corrêa Miranda é psicóloga clínica, mestre em Psicologia e professora na Escola de Enfermagem da Santa Casa de Misericórdia de Juiz de Fora

 

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