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Não só os acidentes marcam a vida do trabalhador. As doenças ocupacionais são aquelas geradas ou agravadas pelo trabalho. As mais comuns são as doenças osteomusculares, como lesões de ombro, sinovites (inflamação da membrana sinovial, que recobre cápsulas articulares), tenossinovites (inflamação da membrana que recobre um tendão), tendinites diversas e dores na coluna. “Têm grande destaque também os transtornos psiquiátricos atribuídos ao trabalho, sendo a depressão o principal”, completa o médico.

Mesmo com o aumento das medidas de segurança e saúde no trabalho, o número de acidentes no país preocupa. Um estudo realizado pelo Ministério da Previdência Social (MPS) registrou, em 2009, quase 724 mil acidentes com trabalhadores, com 2.496 mortes. Mas, para o doutor Mendanha, as empresas só se conscientizam da importância da prevenção graças ao poder público. “Isso ainda é motivado por fatores coercitivos, como o aumento da fiscalização do Ministério do Trabalho, autuações do Ministério Público do Trabalho, entre outros, e não pela opção inteligente do empregador no investimento à prevenção de acidentes”, lamenta. “É comprovado que um sistema eficaz de gestão em segurança no trabalho repercute, entre outros setores, no aumento da rentabilidade de uma empresa. Trata-se de um investimento social e econômico”, pondera.

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