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Dengue hemorrágica x Paracetamol

Em alguns comerciais de remédios, é possível ver o aviso: “Não use este medicamento em suspeita de dengue”. Segundo o infectologista, a advertência se faz necessária porque alguns medicamentos contêm em sua formulação o ácido acetilsalicílico, que reduz a função das plaquetas e prejudica a coagulação. “Na dengue, há uma queda no número de plaquetas, e o uso do ácido acetilsalicílico pioraria o risco de hemorragias”, explica. A dipirona sódica, entretanto, pode ser administrada em casos de suspeita de dengue. “A dipirona é um antitérmico que não atua sobre as plaquetas”, afirma. Por isso, é importante consultar um médico e ter certeza sobre os princípios ativos das medicações antes de utilizá-las.

No texto que circula na internet, uma frase chama atenção: “Os sintomas da intoxicação aguda pelo paracetamol são os mesmos erroneamente atribuídos à dengue hemorrágica e à síndrome do choque da dengue”. Segundo Chebabo, isso não é verdade. “O paracetamol em doses elevadas causa hepatite medicamentosa que pode ser grave e até fatal. A hepatite medicamentosa pode até levar a sangramento, mas tem característica completamente distinta da dengue”, diz.

Dengue hemorrágica é a nomenclatura utilizada anteriormente para os casos graves de dengue, em que uma das manifestações é a hemorragia. Como existem outras manifestações graves mais frequentes do que a hemorragia, a Organização Mundial da Saúde (OMS) propôs a mudança da nomenclatura para dengue com sinais de gravidade ou dengue grave”, esclarece Dr. Chebabo.

Saiba mais sobre a dengue e a dengue hemorrágica aqui.

E sobre a hepatite, aqui.

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