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O problema é que esse tipo de medicação só deve ser utilizado por um período máximo de 5 a 6 dias, visto que o seu uso prolongado acaba viciando o paciente, criando uma rinite chamada medicamentosa: nesta situação, quando o paciente pinga as gotas, os cornetos se retraem e facilitam a respiração pelo nariz, porém, duas a três horas depois ocorre um efeito rebote, criando novo inchaço desses cornetos; assim o paciente, em um círculo vicioso, coloca esses vasoconstritores nasais cada vez com mais frequência. Além disso, por serem vasoconstritores e com possibilidade de escorrerem do nariz para a garganta, deve-se ter cuidado em pacientes idosos e/ou cardíacos (podem alterar a frequência cardíaca) e em crianças (possibilidade de intoxicações).

Outras opções são os vasoconstritores de uso oral, porém não têm efeito tão imediato e intenso quanto os de uso nasal. Portanto, os vasoconstritores nasais são medicamentos que aliviam de imediato grande parte dos narizes entupidos, porém, não devem ser usados mais do que duas a três vezes ao dia e muito menos por mais de 5 a 6 dias. Lembro que o otorrinolaringologista é o especialista que, nesses casos de obstrução nasal prolongada, pode determinar a causa da mesma e indicar tratamentos clínicos ou cirúrgicos para a resolução definitiva do problema.

 

Prof. Dr. Luc Weckx é Professor Titular e Livre-Docente em ORL pela Universidade Federal de São Paulo - Unifesp/EPM. CRM: SP20931

 

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