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Quais sãos os tratamentos para o suor excessivo?

Para melhorar a hiperidrose, pode-se lançar mão de tratamentos cosméticos fazendo uso de soluções ou loções à base de cloridrato de alumínio, hidróxido de magnésio e bicarbonato de sódio, por exemplo. A realização da aplicação de toxina botulínica e a curetagem cirúrgica das glândulas sudoríparas são opções melhores para os casos mais intensos. A cirurgia de vagotomia, que consiste em seccionar a inervação da axila, hoje está em desuso, pois, além de radical, pode haver compensação e o indivíduo começar a suar nas mãos, pés, abdome, glúteo ou dorso.

 

Existe um tratamento que ameniza bem esta condição que é a aplicação de toxina botulínica. Como ela funciona?

Ela é aplicada na área que está sofrendo essa produção exagerada de suor e o que existe de novidade é a forma de aplicação, que evoluiu muito. Hoje fazemos essas aplicações quase que sem dor. Hoje temos anestésicos tópicos que funcionam muito bem e o procedimento, que é feito com uma pequena seringa e uma agulha muito fina, quase não dói.

 

Esse procedimento é indicado para todas as pessoas que sofrem de hiperidrose?

Há pessoas que suam mais debaixo do braço, outras nas mãos ou nos pés, entre as pernas, na barriga e a aplicação pode ser feita em qualquer região do corpo. É claro que em áreas menores o resultado é melhor, pois podemos concentrar mais naquela localização.

Cada sessão de toxina botulínica pode ter um efeito bastante duradouro. Como a hiperidrose tem um componente emocional grande, muitas vezes apenas uma aplicação faz com que a pessoa não sue mais.

Quanto à duração da toxina botulínica, espera-se um mínimo de 8 meses.

 

Como funciona a cirurgia para retirar a glândula sudorípara?

É realizada a curetagem ou raspagem das glândulas sudoríparas, diminuindo assim a quantidade dessas nas áreas em que se deseja reduzir a sudorese.

 

Quais são os efeitos colaterais que uma cirurgia assim causa? A pessoa pode engordar por reter líquido após a cirurgia?

Essa é uma cirurgia com quase nenhum efeito colateral. É importante lembrar que é como qualquer outra cirurgia e pode ter como efeitos colaterais e complicações: dor, cicatriz hipertrófica e fibrose.

 


Dr. Adriano Almeida é dermatologista, especialista em medicina estética e professor da pós-graduação do curso de dermatologia da Fundação Pele Saudável.

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