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Mulheres
Há poucos estudos relacionando a diabetes aos problemas sexuais femininos. Um deles, feito em 2008, aponta que algumas mulheres diabéticas acusaram falta de lubrificação vaginal e dor durante a relação. O número foi maior do que da parcela das mulheres que não possui diabetes. O trabalho detectou também que o número de diabéticas com problemas conjugais foi maior e que, entre todas as entrevistadas, dependentes de insulina ou não, a depressão era uma sombra sobre o relacionamento na cama. "As disfunções sexuais na mulher parecem estar intimamente relacionadas a fatores psicológicos", afirma a ginecologista Paula Enzlin.
O que os ginecologistas percebem é que há, sim, algo físico nessa história. Um exemplo é a maior propensão das diabéticas às infecções vaginais como a candidíase. A Candida albicans é um fungo que prolifera em ambiente úmido, ainda mais quando conta com fartura de glicose no local. Provoca ardor, coceira e corrimento. O tratamento é tranquilo. "Basta ficar de olho no controle glicêmico, para equilibrar a taxa de açúcar no sangue, e usar um creme fungicida nas crises", esclarece a médica.
Quanto à falta de lubrificação, pode estar relacionada à vinda precoce da menopausa, mais comum em diabéticas do tipo 1 ou pacientes que não monitoram a doença. Nada que um lubrificante não possa ajudar.
O fator psicológico também não deve ser descartado, mesmo porque se sabe que as diabéticas estão mais sujeitas à depressão. Lidar com a doença desde pequena ou receber a notícia repentinamente, em idade mais avançada, são fatores que podem desregular a libido. A saída pode parecer simples, mas costuma ser eficiente no relacionamento a dois: relaxar e aproveitar a sexualidade sem levar a diabetes para a cama.
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