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Você já ouviu dizer que mulheres que tomam anticoncepcionais por muito tempo têm dificuldade de engravidar? Segundo a ginecologista, isso é um mito. "Não importa o tempo que a mulher use a pílula, isso não interfere no processo. Em alguns casos, a pílula anticoncepcional pode até ajudar na prevenção do surgimento da endometriose e de cistos nos ovários", explica ela.
Outro comentário bastante ouvido entre as mulheres é de que a mulher precisa parar de tomar anticoncepcional alguns meses antes de querer engravidar. Maria Letícia diz que isso não é verdade, e que a gravidez pode ocorrer no primeiro ciclo espontâneo após a parada do anticoncepcional, e isso não representa riscos nem para a mãe, nem para o bebê.
Em relação ao tabagismo, a ginecologista explica que vários estudos já confirmaram cientificamente as implicações na saúde reprodutiva da mulher. As centenas de substâncias nocivas do cigarro diminuem a oferta de oxigênio nos tecidos, inclusive dos ovários, comprometendo a qualidade dos óvulos. "O fumo também prejudica todo o tratamento de reprodução assistida, uma vez que aumenta o risco de hemorragias, infecções da pélvis e partos prematuros", diz ela.
O diagnóstico é feito durante o monitoramento da ovulação através de ultrassom e há uma variedade de formas de tratamento para infertilidade feminina, incluindo medicação, cirurgia, inseminação artificial e tecnologia reprodutiva assistida, como fertilização in vitro. Adicionalmente, mudanças de estilo de vida também podem contribuir para a fertilidade, incluindo redução de estresse, alterações na dieta e parar de usar drogas ou álcool.
Maria Letícia chama a atenção de que a idade do casal deve ser levada em conta na hora do tratamento. "Casais mais maduros podem ter o acompanhamento antecipado de um esterileuta, evitando demoras e dificuldade para engravidar", finaliza ela.
Maria Letícia Fagundes é médica formada pela Faculdade Evangélica de Medicina do Paraná e pós-graduada pela USP. Atua há 25 anos como ginecologista. É também médica legista e atualmente presidente da Associação Paranaense dos Médicos Legistas. Neste posto faz frente aos direitos e independência dos trabalhadores do IML, bem como defende a humanização do trabalho prestado pela entidade. Como médica ginecologista, é especialista em videocirurgia ginecológica e saúde da mulher.
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