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Porém, não é toda mulher que pode fazer a reposição hormonal. Segundo Mendes, “em mulheres com riscos de doenças cardiovasculares pode haver maior incidência da doença naquelas que fazem a reposição do que naquelas que não fazem ”. Por isso o médico deve analisar o caso e pedir vários exames antes de aconselhá-la ao TRH. Um estudo do Women´s Health Initiative, criado pelo National Institutes of Health, nos EUA, realizado em 2002, mobilizou a comunidade de ginecologistas contra a reposição hormonal, afirmando que esta poderia causar aumento nos casos de câncer de mama, infarto do miocárdio e trombose venosa. Cinco anos depois os autores afirmaram, em artigo publicado em 2007 no Journal of the American Medical Association, que a segurança da terapia de reposição hormonal depende da idade das pacientes. Observou-se que o risco de infarto foi reduzido em 11% nas mulheres que começaram a fazer TRH até 10 anos depois da menopausa. O grupo que iniciou a reposição 20 anos após o começo da menopausa apresentou um risco 71% mais elevado. Mendes explica que utilizar a TRH por períodos muito longos pode, em alguns casos, aumentar o risco de câncer de mama.

A reposição hormonal pode ajudar muito na qualidade de vida da mulher menopausada, porém é preciso consultar um médico para que ele possa avaliar individualmente a necessidade da mulher em iniciar o tratamento.

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