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É nessa hora que entra a terapia de reposição hormonal (TRH), que restitui o progesterona e o estrogênio perdidos, aliviando estes incômodos. Segundo o Dr. Aarão Mendes, professor chefe do departamento de tocoginecologia da Faculdade de Ciências Médicas da Unicamp e especialista em menopausa, “o estrogênio deve ser utilizado isoladamente por mulheres histerectomizadas, ou seja, sem útero. Em mulheres com útero é recomendável associar um progestágeno, para não haver proliferação endometrial”, explica. Os métodos para repor estes hormônios são diversos. No caso do estrogênio, a reposição pode ser feita por via oral, por meio de adesivos, gel de absorção percutânea, implantes e spray (por via nasal). Já os progestágenos, que são hormônios com efeito similar ao do progesterona, devem ser administrados por via oral.

Para Rodrigo da Silvia Dias, médico psiquiatra especialista em TRH no tratamento da depressão em mulheres em menopausa, a reposição hormonal pode ajudar muito no humor das pacientes nesta fase. “Ela evita um episódio depressivo. Mulheres que tomam antidepressivos têm o efeito do medicamento potencializado a partir do momento que fazem a TRH”, explica. Dias afirma também que a reposição só faz efeito até 5 anos depois da pós-menopausa, etapa que começa um ano após a última menstruação da mulher e que tem como características a ausência da menstruação, o aumento do risco cardiovascular, a perda de massa óssea, incontinência urinária e a presença de uma pele mais fina e seca. “O uso da terapia neste período da menopausa ajuda também a prevenir a osteoporose”, afirma Dias. A vida sexual da mulher também tem grande melhora. Devido à falta de lubrificação vaginal, pode haver dor e desconforto na relação sexual. Para Mendes, “a terapia hormonal melhora a atividade sexual por melhorar o bem-estar e também por manter o trofismo vaginal”.

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