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Se o idoso sofre de alguma doença, como, por exemplo, doenças cardíacas, hérnia de disco ou diabetes, é necessário tomar algum tipo de cuidado?
Sim, claro. Um médico de confiança poderá indicar os melhores cuidados a serem tomados. Diabetes, por exemplo, é uma doença que pode abrir um quadro de disfunção erétil. É preciso conversar com o médico e afastar possíveis fantasmas.
O fato da estimativa de vida ter aumentado pode estar mudando a visão das pessoas para esse tema?
Estamos em processo de mudança. Mas acredito que ainda podemos melhorar.
A vida sexual pode sofrer reflexos por conta da idade? A menopausa e problemas de potencialidade masculina também podem interferir?
Há uma mudança na atividade sexual nessa fase da vida. O corpo dos homens e das mulheres se transforma. A menopausa modifica não só a pele, como a mucosa genital e as mamas. A lubrificação vaginal é mais lenta e a vagina pode se tornar mais estreita e curta, ainda que com tamanho suficiente para a penetração. Além disso, o revestimento vaginal torna-se fino e facilmente irritável, o que pode acarretar em rachaduras ou mesmo sangramento, levando à dor, que, por sua vez, pode provocar uma ansiedade antecipatória, aumentando o aparecimento dessa dor pelo medo do desconforto e consequente não relaxamento.
Com os homens ocorre uma diminuição de espermatozoide e de testosterona e um aumento da prolactina, hormônio responsável pela redução do desejo sexual. A ereção, por sua vez, torna-se mais lenta e menos rígida, com menor urgência em ejacular e um maior controle da mesma.
Essas alterações masculinas podem produzir uma ansiedade que prejudicará sua capacidade de resposta sexual.
É preciso não só conhecer, como se adaptar às mudanças, fazendo da informação e da aceitação ingredientes fundamentais entre os parceiros.
Ocorrem casos de disfunção sexual na terceira idade?
Casos de disfunção sexual acontecem em todas as idades.