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Dispositivo Intra-Uterino (DIU)
Existem em vários modelos (alça de Lippes, anel de Ota, cobre, prata, progesterona, etc). Acredita-se que o DIU exerça seu efeito contraceptivo através de uma reação inflamatória no endométrio (camada mais interna do útero) e aumento da contratilidade das trompas. As vantagens do DIU são a escassez de efeitos colaterais, o baixo custo, a facilidade de aplicação e reversibilidade, a alta eficácia e o fato de não interferirem com a atividade sexual. Infelizmente, muito preconceito ainda ronda este método contraceptivo – boa parte decorrente de puro desconhecimento.
Apesar das vantagens sobre os métodos hormonais, o DIU não deve ser utilizado em pacientes com suspeita de gravidez, naquelas com história de câncer uterino, doença inflamatória pélvica (gonorréia, clamídia, etc), anemia ou antecedente de gravidez ectópica. Além disso, existem contra-indicações relativas, como pacientes com anomalias uterinas (dificultam o posicionamento do DIU e diminuem sua eficácia), miomas mucosos, cervicites e colpites intensas, pós-aborto séptico e naquelas com alergia ao cobre.
Em geral, o DIU é aplicado no segundo dia da menstruação. O médico realiza um toque vaginal e visualização do colo uterino – como em um exame ginecológico de rotina. Após antissepsia do canal vaginal, é medida a altura para inserção do DIU (histerometria). O dispositivo é então introduzido por dentro de uma cânula guia e o fio de auxílio para inserção é cortado. Não é necessário tomar antibióticos – quando muito são prescritos antiespasmódicos e repouso. O controle é feito por meio de Ultrassom após uma semana e um mês e, a partir daí, a cada 6 meses. Recomenda-se só engravidar 2 meses após a retirada do DIU.
As principais complicações do DIU são sangramento e dor, expulsão do dispositivo, perfuração do útero, doença inflamatória pélvica e gravidez.