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Mais do que oferecer informação, precisamos de mais projetos de integração na área do adolescente, como já existem de forma isolada como aqueles promovidos pela Secretaria Estadual de Saúde de São Paulo, mobilizando estas jovens de forma educativa e cultural, abrindo espaço para diálogo e discussões, gerando reflexões, conhecimento, mudanças de atitude em relação à atividade sexual segura e responsável.

Ações como estas são importantes e podem refletir, inclusive, na redução das taxas da segunda gravidez na adolescência. E ainda no desvio por repetição, que são os filhos de adolescentes que têm maior possibilidade de se tornar pais e mães também na adolescência. Isso porque, de 50% a 70% das mães adolescentes são filhas de pais e mães adolescentes.

A prevenção da gestação na adolescência é também medida importante para redução das altas taxas de mortalidade materna. Na população geral, a mortalidade materna é a oitava causa de óbito entre mulheres. Contudo, na adolescência, é a sexta causa de morte. Isso significa que adolescentes têm 2,5 vezes mais chances de evolução para óbito em decorrência de complicações diretas da gestação, parto e puerpério, principalmente aquelas na faixa etária de 15 a 19 anos, quando comparadas a mulheres de outras faixas etárias.

 

 

Dr. Ricardo Cristiano Leal da Rocha é presidente da Comissão de Ginecologia e Obstetrícia Infanto-Puberal da FEBRASGO.

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