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Existem dois tipos de gestações gemelares. As monozigóticas ou univitelinas, que são aquelas provenientes da divisão do embrião, dando origem a dois indivíduos geneticamente idênticos, sendo que esse tipo apresenta frequência constante na população estimada em 0,4%. "Dependendo do tempo que leva para ocorrer essa divisão, teremos o número de placentas e bolsas, sendo possível assim existir gêmeos idênticos cada um com a sua placenta e sua bolsa", explica o especialista. Aproximadamente um terço de todos os gêmeos é idêntico.

E também existem as gestações dizigóticas ou bivitelinas, oriundas da fecundação de dois ou mais óvulos, gerando indivíduos geneticamente diferentes com incidência ao redor de 3% da população.

Primeiramente deve ficar claro que apenas as gestações dizigóticas ou bivitelinas têm fatores que influenciam diferentes incidências na população. Todos esses fatores estão relacionados a mulheres que apresentam maiores chances de liberar mais de um óvulo por ciclo e geralmente por apresentarem o hormônio conhecido como FSH em maior quantidade. Isso vale para mulheres acima dos 35 anos, com história de gêmeos na família, raça, mulheres com índices de massa corpórea mais altos e aquelas que engravidam logo no primeiro ciclo após parar a pílula anticoncepcional.

As mulheres que fazem tratamento para engravidar têm mais chances de ter uma gravidez múltipla. Nos últimos 30 anos, com a evolução das técnicas de reprodução assistida, observamos que a incidência de gestações múltiplas praticamente dobrou no período. Isso aconteceu e ainda acontece pelo uso de medicamentos que estimulam a ovulação e especialmente pela transferência de dois ou mais embriões por tentativa, no intuito de melhorar as taxas de sucesso de gravidez que não costumam passar de 40%. Atualmente está regulamentado no país o número máximo de embriões transferidos por tentativa justamente para diminuir a incidência de múltiplos.

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