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Quais os riscos para a mãe e para a criança?
Não existem estudos que comprovem o efeito da gravidez na doença. Já foi observado que, em alguns casos, a doença ficou estável e seguiu com poucas dificuldades, em outros casos a gravidez estimulou a doença, que ficou incontrolável. Sabemos que a maioria das medicações atuais não é recomendada durante a gravidez, assim sendo, no caso de uma crise importante durante esse período, o tratamento pode ser restrito. Portanto, existe um risco grande para a criança e para a mãe.
A criança pode nascer com a doença ou com sequelas?
Ao nascer, a criança deve ser submetida a exames de sangue e deverá ser acompanhada por cerca de seis meses. Pois nesse período os anticorpos da criança são os da mãe que passaram pela placenta e pelo leite materno. Após seis meses, a criança pode desenvolver sua imunidade sozinha, que pode ser perfeitamente normal. São raros os casos em que a criança nasce com sequela, e a maioria pode ser prevenida com identificação do problema antes da gravidez e tratamento durante.
A mulher com lúpus pode amamentar normalmente?
Se a mãe, após o parto, estiver bem com doença inativa e não estiver utilizando medicações, pode amamentar seu bebê e manter o acompanhamento médico.
Observação: O lúpus é considerado uma doença crônica que, até o momento, não tem cura. O tratamento visa o controle da inflamação para prevenir os danos permanentes. Em alguns casos, a sequela pode ser grave e irreversível.
Dra. Suellen Narimatsu é Reumatologista formada pela UNIFESP e é especialista pela Sociedade Brasileira de Reumatologia. CRM: 116922. www.clinica-de-reumatologia.com.br
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