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Como ocorre a produção de anticorpos? Há prevenção?
A produção de anticorpos contra os antígenos Rh ocorre sempre que alguém que é Rh negativo entra em contato com o sangue Rh positivo. Habitualmente isto ocorre na gravidez normal quando pequenas quantidades de sangue fetal Rh positivo, que funcionam como antígenos, caem na circulação materna durante o parto.
Na primeira gravidez, o organismo da mulher reconhece este antígeno como estranho e começa a produzir anticorpos contra o mesmo. Contudo, estes anticorpos ainda não são suficientes, seja em número seja em especificidade para causar anemia fetal. Quando ocorre outra gravidez e o feto é também Rh positivo, a mãe já terá desenvolvido sua memória imunológica para o antígeno Rh e produzirá anticorpos específicos de forma maciça, provocando agora sim a anemia fetal e a doença hemolítica em seu filho.
É importante lembrar que a cada gravidez, pior será a anemia fetal e mais grave será a doença. Além disso, a sensibilização materna pelo antígeno Rh poderá ocorrer após abortos, sejam espontâneos ou provocados e em descolamentos da placenta.
A prevenção da doença pode ser feita de forma eficiente através da aplicação de imunoglobulina anti-Rh após o parto ou aborto. Em nosso país a dose disponível é de frasco-ampola com 300 µg de imunoglobulina.
É normal uma criança ficar amarela (ictérica) no início de sua vida?
No caso da Doença Hemolítica Perinatal, devido à grande destruição das hemácias, o recém nascido pode apresentar icterícia grave que caso não tratada de forma efetiva e precoce pode levar ao Kernicterus, ou seja, à impregnação de núcleos nervosos no cérebro pela bilirrubina, um metabólito da hemoglobina, com graves seqüelas para a criança.