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E o pai, qual o seu papel de colaborador na hora do desmame?
A sociedade brasileira delega ao homem a responsabilidade de provedor financeiro, limitando uma maior participação na criação e cuidados com o filho e, consequentemente, na amamentação. É como se tudo isso pertencesse, quase que de forma exclusiva, ao mundo da mulher. Poucos estudos revelam a importância do pai na prática do aleitamento materno. No entanto, no momento da decisão do desmame a importância do envolvimento do pai da criança é fundamental para a mãe se sentir bem, pois esse é um processo que envolve sentimentos.
O momento do desmame, para muitas mães, é de perda, e a presença do pai nesse processo é fundamental, pois ele faz parte do suporte social tão necessário para o equilíbrio emocional que a mulher necessita. A Bíblia sublinha a significação desse rito de passagem e a importância da presença paterna nesse processo: "O menino cresceu e foi desmamado. No dia em que Isaque foi desmamado, Abraão deu uma grande festa" (Gen. 21:8). Isaque provavelmente tinha 4 para 6 anos de idade. Esse é um ótimo exemplo de um pai que participava ativamente da vida do filho e que sabia apoiar sua esposa.
É possível voltar a amamentar depois da introdução da mamadeira?
A principal dificuldade é fazer com que um lactente, mesmo bastante jovem, já acostumado com o "bico de borracha" e com a sucção modificada, volte a pegar o seio. A alimentação mista (seio e mamadeira) pode desenvolver uma técnica incorreta de sucção no seio. Algumas dessas crianças passam a usar a língua como pistão ao sugar o seio, comportamento usual na sucção da mamadeira, mas não na sucção do seio. Acredita-se que a exposição precoce aos bicos artificiais contribua para o desmame precoce, pois pode ocasionar o fenômeno de confusão de bicos.
É por isso que solicitamos à mãe que está tentando a relactação que tenha bastante paciência, evite o uso de chupetas e mamadeira. A solução é retirar definitivamente todos os bicos e insistir com o seio. Recomenda-se o uso de copos, colher, conta-gotas ou seringas para suplementação láctea da criança. É questão de tempo, de pouco tempo. Mas é um tempo difícil para a mãe e o bebê. Sempre que possível, o marido ou, na falta deste, alguém da família deve ajudar, sobretudo nos primeiros dias.