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Existe alguma forma de prevenção?
Como a icterícia é geralmente decorrente de uma adaptação fisiológica do metabolismo da bilirrubina, é difícil prevenir o tipo “fisiológico”. No caso das incompatibilidades sanguíneas, se a mãe é “Rh negativo” e seu primeiro filho for “Rh positivo”, ela deve receber uma “vacina” logo após o parto para prevenir a doença no seu próximo filho. A amamentação eficaz com boa pega e várias vezes ao dia também ajuda a eliminar a bilirrubina do intestino nos primeiros dias de vida.
A pele amarelada pode indicar que há uma doença?
Sim. Além daquelas que aumentam a produção de bilirrubina, existem doenças do fígado e outras doenças que dificultam a eliminação normal da bilirrubina através da bile. Nestas, a fração de bilirrubina que aumenta no sangue é diferente daquela que aumenta na icterícia fisiológica do recém-nascido.
O que pode acontecer se o tratamento não for bem realizado?
A encefalopatia bilirrubínica é a doença neurológica causada pelo depósito de bilirrubina cerebral. Ela se instala quando o recém-nascido apresenta altos “picos” de bilirrubina no sangue, ou se fica vários dias com esses níveis elevados. A instalação de aparelhos de fototerapia eficazes quase sempre consegue controlar esses níveis, mas existem casos em que se deve realizar uma transfusão de sangue, a chamada “exsanguinotransfusão” (também chamada de transfusão de substituição/troca), para prevenir esta doença.
Dra. Maria das Graças da Cunha Leite é formada em medicina pela Universidade Federal do Triângulo Mineiro (UFTM), mestre e doutora em Saúde da Criança e Adolescente pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). Atualmente é médica neonatologista da Fundação de Desenvolvimento da Unicamp no Hospital Estadual de Sumaré (SP), e no Hospital-Escola da UFTM.
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