Processo de comunicação mãe-bebê

A abreviação da comunicação: desenvolvimento típico e desvios

O modelo EEA, que nos propõe essa sequência de etapas acima descritas que culminam na abreviação das trocas mãe-bebê, não está preso, exatamente, à idade cronológica do bebê, mas, sobretudo, à sequência de desenvolvimento acima resumida. Em geral, as trocas face a face se desenvolvem e chegam à sua abreviação antes daquelas mãe-objeto-bebê. Estas últimas se abreviam em torno dos cinco, seis ou sete meses de vida do bebê. O retardo acentuado do desenvolvimento típico do processo de comunicação mãe-bebê (acima descrito) pode sugerir a necessidade de uma ajuda profissional. Várias são as possibilidades daquilo que pode estar causando um desvio do desenvolvimento. É importante considerar que, quanto mais cedo ele for identificado, melhor será o prognóstico para a sua recuperação.

Referências

Lyra, M.C.D.P. (2007a). On abbreviation: Dialogue in early life. International Journal for Dialogical Science, 2, 15-44, http://ijds.lemoyne.edu/index.html,

Lyra, M.C.D.P. (2007b). O Modelo EEA: Definições, Unidade de Análise e Possíveis Aplicações. Psicologia: Reflexão e Crítica, 20, (1), 87-95. DOI 10.1590/S0102-79722007000100012

Valsiner, J. (2007). Culture in Minds and Societies. New Delhi: Sage Publications.

Dra. Maria C. D. P. Lyra possui Pós-doutorado pela Universidade de Utah, Doutorado em Psicologia (Psicologia Experimental) pela USP, mestrado em Psicologia pela Cornell University, especialização em Psicologia pela UFPE, graduação em Psicologia pela UNICAP. Experiência em desenvolvimento humano.