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Sabe-se que o uso da chupeta, ou dispositivo de sucção, com a finalidade de acalmar a criança, foi adquirido culturalmente, evoluindo de soluções artesanais tais como “embrulhinhos” de tecidos feitos com recheio doce ou açúcar, até os modelos industrializados de látex ou silicone, de múltiplos formatos, cores e preços, oferecidos atualmente e que muitas vezes já fazem parte do enxoval do bebê.

A sucção é um reflexo primitivo de grande importância que ocorre desde a vida intrauterina. Sua ocorrência durante a amamentação proporciona ao recém-nascido a sobrevivência, além de estabelecer o vínculo afetivo com a mãe. Um dos aspectos mais relevantes é que a criança, ao mamar, procura atingir, com a sucção, satisfação alimentar e muscular, porém esta condição nem sempre é conseguida simultaneamente.

A obtenção desta dupla satisfação é alcançada pelos bebês que são amamentados pelo aleitamento natural; assim, a amamentação materna acaba saciando ao mesmo tempo a necessidade alimentar e de sucção, resultando em um bebê satisfeito. Porém, nas crianças com aleitamento artificial, que usam mamadeira, a plenitude alimentar será atingida, mas não a plenitude neural (muscular), e serão justamente estas crianças que poderão necessitar de um complemento para esta sucção, e nesses casos a chupeta poderá ser usada para complementar esta necessidade de sucção, e não simplesmente para acalmar a criança.

Ao optar-se pela utilização da chupeta, opta-se também pelo seu uso racional para que não se instale um hábito.

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