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A anorexia extrema é um termo empregado para os casos em que a anorexia atinge complicações avançadas, como diminuição da frequência respiratória e da pressão arterial. A redução da gordura corporal causa menor resistência ao frio e a deficiência de glicose, resultante da falta de nutrientes, provoca hipoglicemia, tonturas, desmaios, insuficiência cardíaca, coma e morte cerebral. O estômago diminui de tamanho e perde a motilidade, fazendo com que o paciente se sinta satisfeito com pequenas quantidades de comida.
Além disso, existem complicações sérias associadas com a desnutrição, como comprometimento cardiovascular, desidratação, distúrbios eletrolíticos, distúrbios na motilidade gastrointestinal, infertilidade, risco de osteoporose, hipotermia e outras evidências de hipometabolismo.
Afeta todas as pessoas que não recebem tratamento adequado ou se recusam a recebê-lo. Muitas vezes, o diagnóstico acontece numa fase tardia, o que compromete a resposta ao tratamento.
Como é a versão masculina da anorexia e como ela age?
Apesar de a presença da anorexia ser significativamente maior nas mulheres, a prevalência no gênero masculino tem aumentado nos últimos anos, especialmente nas faixas etárias de 11 a 16 anos (adolescência precoce e início da média).
Os garotos também sofrem distúrbios de imagem corporal, até mesmo quando muito jovens. No entanto, a insatisfação quanto à imagem corporal difere entre meninos e meninas. As garotas exibem maior prevalência de insatisfação que os garotos e tendem a escolher uma imagem ideal mais magra. Os garotos sofrem de insatisfação também. Alguns preferem ser mais magros e outros, mais fortes. Em geral, essa insatisfação está relacionada à baixa autoestima.
Os sintomas são semelhantes entre homens e mulheres, nos critérios diagnósticos, com exceção da amenorreia. O que difere são apenas as preocupações desencadeantes e a menor frequência.
Colaboraram com esta matéria: Dr. Everton Botelho Sougey e Dr. Geraldo Bosco Lindoso Couto.
Referências:
(HUDSON et al., 1983; HERZOG et al., 1992; BRAUN; SUNDAY; HALMI, 1994).
XIMENES, R. C. C. Prevalência de transtornos alimentares em adolescentes com 14 anos de idade na cidade de Recife. 2004. 136 f. Dissertação (Mestrado em Odontopediatria) – Faculdade de Odontologia de Pernambuco, Universidade de Pernambuco, Camaragibe. [2004].
XIMENES, R. C. C.; COUTO, G. B. L.; SOUGEY, E. B. Eating Disorders in adolescents and their repercussions in oral health. Int. J Eat. Disord., 3 mar 2009 (no prelo).
Rosana Ximenes é Pós-Doutoranda em Hebiatria pela Universidade Estadual de Pernambuco, Doutora em Neuropsiquiatria e Ciências do Comportamento pela Universidade Federal de Pernambuco. Mestre em Odontopediatria pela Universidade do Estado de Pernambuco.
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