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A impulsividade se traduz pela dificuldade em inibir comportamentos inadequados. Costuma-se falar e tomar atitudes sem pensar, o que muitas vezes cria problemas de relacionamento e até rejeição por parte das pessoas. Primeiro agem, para depois refletirem. Sofrem muito mais acidentes de carro e costumam dirigir perigosamente, em alta velocidade, além de apresentarem mais problemas no trabalho e não gostarem de se submeter a regras e rotinas.
É bom lembrar que tais comportamentos podem fazer parte da vida de qualquer pessoa, ou seja, que sintomas isolados não fazem o diagnóstico do TDAH. Só quando os sintomas estão presentes de forma exagerada e prejudicial em vários setores da vida (escolar, familiar e social) é que se pode pensar na possibilidade de TDAH.
Quem nunca viu uma criança superagitada que não para quieta, com uma energia ilimitada e que age sempre sem pensar? Seu comportamento é impulsivo e desafiador, ela se arrisca constantemente, criando muitos problemas por onde passa. Não respeita as regras e não consegue esperar por recompensas. E aquela criança que é desatenta, sonhadora, que não consegue arrumar seus pertences, parece que não ouve quando se fala com ela, também é impopular, pouco motivada, retraída e com dificuldades no aprendizado? Essas e outras podem ser situações bastante comuns no mundo do TDAH da criança.
É crucial que programas informativos sejam elaborados para os pais, familiares e educadores, para que o diagnóstico seja feito ainda na infância, pois, caso contrário, mais jovens padecerão dos sintomas do transtorno e, consequentemente, mais e mais adultos também.
Evelyn Vinocur é psicoterapeuta cognitivo-comportamental. Atua há mais de 30 anos na área de saúde mental de adulto e é especializada em saúde mental da infância e adolescência. www.evelynvinocur.com.br
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