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Obsessões são pensamentos, impulsos ou imagens recorrentes e persistentes. As obsessões são experimentadas como intrusivas e causam extremo desconforto ou sofrimento ao paciente, o qual tenta ignorá-las ou suprimi-las por meio de outro pensamento ou ação. Popularmente designadas como “manias”, as compulsões são comportamentos repetitivos (ex.: lavar as mãos, rituais de verificação) ou atos mentais (ex.: rezar, contar, repetir palavras em silêncio) que o indivíduo se sente impelido a desempenhar em resposta ao desconforto causado por uma obsessão, ou de acordo com regras que precisam ser aplicadas de forma rígida e seqüencial.
Em muitos pacientes portadores de TOC, os comportamentos repetitivos não estão propriamente relacionados a um pensamento obsessivo, mas a experiências subjetivas denominadas “fenômenos sensoriais”. Essas experiências são definidas como sensações, sentimentos ou percepções desconfortáveis que causam incômodo e levam à realização de comportamentos repetitivos. Os fenômenos sensoriais associados ao TOC foram divididos em sensações físicas (ex.: coceira, formigamento, “pinicada”) e mentais (ex.: tensão crescente; sensação de incompletude, imperfeição, insuficiência; inquietude).
Existe um grupo mais acometido por essa doença?
A doença acomete igualmente homens e mulheres, aproximadamente 2% das pessoas ao longo da vida. Os homens são acometidos preferencialmente durante a infância quando comparados às mulheres, que são mais acometidas na adolescência ou na idade adulta. Pacientes portadores de Febre Reumática, Doença de Huntington, Doença de Parkinson, Anorexia Nervosa, Síndrome de Tourette e Síndrome de Prader-Willi, entre outras, apresentam maior risco para desenvolver sintomas de TOC.