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Seu sintoma mais conhecido são os ataques histéricos descritos no final do século XIX e ainda testemunhados hoje em muitos prontos-socorros. Embora muitas vezes causem uma impressão de teatralidade, é muito importante que esses pacientes possam ser escutados, pois o que se descobriu é que o corpo fala daquilo que o sujeito ainda não pode falar com palavras. Assim, no ataque histérico ou em outros tipos de sintomas corporais (falta de ar, paralisias etc.), um sofrimento psíquico está sendo expresso e deveria ser escutado e não silenciado.

Outra característica própria dessa neurose é um determinado modo de identificação em que o sujeito toma características de um outro para procurar ter algo que ele imagina que esse outro tenha. Isso é bastante comum no nosso cotidiano e não exclusividade dos histéricos, a gradação do sintoma é que deve ser observada.

Por exemplo, imitamos o corte de cabelo de um artista famoso, pois desejamos a admiração que imaginamos que ele desperta. Esse modo de organização revela uma fragilidade bastante grande, que faz com que o sujeito dependa de forma exagerada do efeito que ele imagina produzir nos outros, tornando muito difícil a identificação de seus próprios desejos e dificultando também as relações. Se o outro é que será capaz de me dizer quem sou, a relação com esse outro torna-se muito ameaçadora, afinal, ele é investido de muito poder. Assim o histérico anseia por uma intimidade que, por outro lado, ele teme profundamente.

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