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Eugen Bleuler, importante psiquiatra do início do século XX, foi o responsável por nomear a doença com o nome de esquizofrenia e agrupou os pacientes em quatro grupos principais:

Esquizofrenia Paranoide: Onde predominavam os distúrbios do conteúdo do pensamento, principalmente delírios e alucinações. Em geral o funcionamento cognitivo, volitivo e afetivo destes pacientes era pouco afetado no início da doença.

Esquizofrenia Catatônica: Onde predominavam os distúrbios psicomotores, ou estupor, rigidez muscular e flexibilidade cérea, ou episódios de agitação psicomotora despropositada.

Esquizofrenia Hebefrênica: Onde predominava o comportamento impulsivo, desorganizado, o afeto pueril, a desagregação do pensamento. Em geral com grave prejuízo afetivo, volitivo e cognitivo. De início mais precoce que os outros grupos, costuma acometer o indivíduo antes dos 18 anos.

 Esquizofrenia Simples: De difícil diagnóstico, caracterizada basicamente pelos chamados sintomas deficitários ou negativos. Nestes casos são infrequentes delírios, alucinações, distúrbios motores ou comportamento desorganizado. Predomina o retraimento social, a hipobulia, a perda de interesse e a pobreza de discurso. Neste grupo o antecedente pré-mórbido em geral é bom.

 

Segundo Lacaz, recentemente a esquizofrenia foi dividida em tipo I (ou síndrome positiva): Com predomínio de delírios e alucinações, poucas alterações na estrutura cerebral e boa resposta à terapia com antipsicótico; e Tipo II (ou síndrome negativa): Onde predomina o achatamento afetivo, a hipobulia, a pobreza de repertório. Alterações estruturais cerebrais são mais frequentes e a resposta ao tratamento medicamentoso é pobre. Neste grupo o antecedente pré-mórbido já é afetado.

Diante da descoberta da doença e da primeira crise, Olzaneide recomenda o que deve ser feito: “Manter a calma, informar-se, buscar ajuda para si, para a família e para o doente, levar o doente a tratamento, o mais breve possível. Muitas vezes é necessária a internação, às vezes até involuntária (se o portador tiver colocando sua vida ou a de outros em risco). A pessoa deve ser encaminhada a um serviço psiquiátrico ou pelo menos a um pronto-socorro (que terá obrigação de encaminhar o caso para ajuda especializada)”. E complementa afirmando que é preciso ter coragem para tomar essas atitudes citadas, para evitar maiores complicações e males para o portador da doença.

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