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O dia a dia de um portador de esquizofrenia é agitado. Olzaneide Carvalheiro, que coordena uma associação que dá apoio a familiares e portadores de transtornos mentais, conta que a pessoa que possui a doença, nas crises ou surtos, pode desenvolver: confusão mental, delírios (especialmente os caracterizados como de "autorreferência", achando que todos estão perseguindo-o, de alguma forma), alucinações, depressão, insônia e outros. “Isso afeta a família, amigos, companheiros de trabalho e estudos, pois a pessoa passa a ter comportamentos muito diferentes de sua forma de agir”, complementa. No caso da "autorreferência", às vezes, os que estão ao redor do portador acreditam e passam também a procurar os "perseguidores".

Quando a pessoa que tem esquizofrenia é encaminhada ao psiquiatra, para a aceitação do transtorno e do tratamento, é necessário tempo, além da adaptação com os medicamentos, pois trazem muitos efeitos colaterais. No início do procedimento médico, ocorre uma melhora e há pessoas que chegam a parar o tratamento por acharem que estão curadas, o que é um engano, pois, como afirma Olzaneide, “ao parar os tratamentos, provavelmente ocorrerá outra crise, talvez igual ou pior à primeira. É necessário ter um bom suporte psiquiátrico, o que geralmente não ocorre (ter um bom e disponível apoio psiquiátrico é privilégio de poucas pessoas)”.

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