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O TDAH é um distúrbio biopsicossocial, ou seja, é fortemente influenciado por fatores genéticos, biológicos, sociais e vivenciais, que contribuem para a intensidade dos problemas experimentados. Foi comprovado que o TDAH atinge 3% a 10% da população ao longo da vida. O diagnóstico precoce e tratamento adequado podem reduzir drasticamente os conflitos sociais, familiares, escolares, comportamentais e psicológicos vividos por essas crianças e seus familiares.

Estudos mostram que, através de um diagnóstico e tratamento corretos, um grande número dos problemas, como repetência escolar, abandono dos estudos, depressão, distúrbios de comportamento, problemas vocacionais e de relacionamento, bem como abuso de drogas, pode ser adequadamente tratado ou até mesmo evitado. Sabemos que a presença de outras patologias é a regra no curso do TDAH, e não a exceção. Por isso devemos ficar atentos a problemas auditivos, visuais, transtornos de aprendizagem, distúrbios da coordenação motora, transtornos psiquiátricos diversos, entre outros.

Problemas do sono estão presentes em percentual razoável nessas crianças, sendo comum a sonolência excessiva durante a tarde. Por isso, é fundamental a investigação dos distúrbios obstrutivos respiratórios do sono em crianças com TDAH, uma vez que o problema dificulta as crianças de prestarem atenção e aprenderem o conteúdo das disciplinas escolares como os outros alunos.

Além disso, elas ficam agitadas ou às vezes apáticas, por conta do problema respiratório. O uso da telerradiografia em norma lateral como auxiliar no diagnóstico dos Distúrbios Obstrutivos Respiratórios do Sono em Crianças com TDAH foi desenvolvido pela Unicamp SP e realizado em crianças com distúrbios de aprendizagem. Quando respiramos com dificuldade, a respiração alterada leva ao que chamamos de dessaturação, ou seja, prejuízo da oxigenação em áreas do cérebro, como a área pré-frontal, que é a área mais comprometida no TDAH, agravando ainda mais o quadro.

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