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Na idade escolar, as crianças deprimidas, além de aparentarem tristeza, se mostram irritadas e emocionalmente instáveis. Podem manifestar indiferença afetiva, e não ter reação a estímulos, sejam eles positivos ou negativos. É comum a anedonia com isolamento social e familiar voluntários. Sintomas clássicos da depressão, como lentidão de movimentos, voz lenta, monótona e monocórdica, e a expressão de sentimentos de desesperança e sofrimento emocional são mais comuns nessa idade, mas é importante ressaltar que agitação psicomotora, hiperatividade e pouco controle dos impulsos também são sintomas frequentes nessas crianças, fato que pode confundir o diagnóstico quando feito por especialista não experiente no assunto. O aumento da distraibilidade e a dificuldade de memorização são comuns e levam a uma piora do desempenho escolar.

Dão ênfase à investigação de disforia, que é a anedonia associada à mudança de humor, em desproporção ao estímulo, para o diagnóstico de depressão maior em crianças de idade escolar. A perturbação de crianças frente a estímulos e a hiper-reatividade hostil e agressiva nem sempre são valorizadas como sendo a expressão de um sofrimento.

Em crianças e adolescentes, as súbitas mudanças de comportamento não justificadas por fatores de estresse são de extrema importância e devem sempre ser valorizadas e investigadas como sendo sintomas potencialmente depressivos. A irritabilidade é um sintoma frequente, embora pouco específico na psiquiatria da infância, podendo ser visto em crianças normais, mas é um sintoma realmente comum entre crianças e adolescentes deprimidos. A irritabilidade torna-se patológica quando qualquer estímulo é sentido como perturbador e a criança ou o adolescente apresentam hiper-reatividade de característica desagradável, hostil e eventualmente agressiva.

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