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Existem dois tipos de doença de Alzheimer: a familiar, que ocorre em adultos jovens e parece ter um caráter hereditário importante, e a forma esporádica, na qual o fator hereditário não é óbvio. "Aproximadamente apenas 5% da doença de Alzheimer é familiar e 95% esporádica", diz ele. Ter um familiar com Alzheimer aumenta o risco duas ou três vezes na forma esporádica, mas não há como prever se a doença irá ocorrer.
O geriatra explica que existem quatro fases da doença: a inicial, a intermediária, a final e a terminal.
Na fase inicial, os sintomas mais importantes são:
- Perda de memória, confusão e desorientação;
- Ansiedade, agitação, ilusão, desconfiança;
- Alteração da personalidade e do senso crítico;
- Dificuldades com as atividades da vida diária, como se alimentar e tomar banho;
- Alguma dificuldade com ações mais complexas, como cozinhar, fazer compras, dirigir, telefonar, entre outras.
Na fase intermediária, os sintomas da fase inicial se agravam e também pode ocorrer:
- Dificuldade em reconhecer familiares e amigos;
- Perder-se em ambientes conhecidos;
- Alucinações, inapetência, perda de peso, incontinência urinária;
- Dificuldades com a fala e a comunicação;
- Movimentos e fala repetitiva;
- Distúrbios do sono;
- Problemas com ações rotineiras;
- Dependência progressiva;
- Vagância;
- Início de dificuldades motoras.
Já na fase final, os sintomas são:
- Dependência total;
- Imobilidade crescente;
- Incontinência urinária e fecal;
- Tendência em assumir a posição fetal;
- Mutismo;
- Restrito à poltrona ou ao leito;
- Presença de úlceras por pressão (escaras);
- Perda progressiva de peso;
- Infecções urinárias e respiratórias frequentes;
- Término da comunicação.
Na fase terminal, os sintomas são:
- Agravamento dos sintomas da fase final;
- Incontinência dupla;
- O paciente fica restrito ao leito, em posição fetal;
- Mutismo;
- Úlceras por pressão;
- Disfagia, com a necessidade de alimentação enteral;
- Infecções de repetição.
Quanto mais cedo o diagnóstico for feito, maiores serão as chances de tratar os sintomas corretamente, retardando a evolução da doença.
De acordo com o Dr. Norton, não existe nenhum medicamento que garanta a cura da doença ou que interrompa definitivamente o curso da doença de Alzheimer. Uma parcela dos doentes, especialmente nas fases iniciais e intermediárias, pode se beneficiar dos medicamentos específicos para o tratamento da DA.
Atualmente, a base da estratégia terapêutica está alicerçada em três pilares: retardar a evolução, tratar os sintomas e controlar as alterações de comportamento.